Rádio Animix

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Carinho...



Uke e Seme
Os dois participantes em uma relação yaoi são geralmente referidos como Seme (Ativo) e Uke (Passivo). Apesar desses termos terem se originado nas artes marciais, São usadas com contexto sexual faz séculos e não carregam nenhuma conotação degradativa. Seme é derivado do verbo japonês semeru (Atacar) e uke do verbo ukeru (Receber). Assim como homens gays em português são referidos como "Ativo" e "Passivo", seme e uke são uma analogia mais próxima para "lançador" e "pegador" (sic)

Afeto...



Nessa foto há um bom exemplo de Seme e Uke. Uke, a pessoa mais frágil, Seme, a pessoa que está consolando esse pequeno coração machucado.

O seme é geralmente descrito na cultura anime e mangá com o estereótipo de um homem fisicamente forte, decidido e/ou protetor. O seme geralmente tem traços característicos, como um queixo forte, cabelo curto, olhos pequenos e um estereótipo mais masculino do que o uke. O seme usualmente persuade o uke. O uke usualmente é mais baixo, delicado, tem características mais novas e/ou infantis com olhos grandes. Ele é geralmente menos experiente em romance ou sexo e isso faz com que a sua interação com o seme seja sua primeira experiência homossexual. A linha do tempo na qual um uke resiste em fazer sexo anal com um seme é considerado similar a resistência do leitor em ter sua primeira relação sexual enquanto ainda é virgem.

Apesar desses estereótipos serem comuns, nem todos os trabalhos aderem a eles. Por exemplo, algumas dos trabalhos publicadas por Be X Boy mostra histórias com temas como um seme mais novo ou "reversíveis" (Inversão dos papéis). A "regra da altura", regra na qual o personagem mais alto é o seme, é também quebrada algumas vezes.

Own, que amor!



Alguns escritores(as), tanto japoneses(as) quanto ocidentais, especialmente em BL/shōnen-ai/yaoi, se questionam até quando os papéis do seme e do uke são uma parte essencial do yaoi como um gênero, e se estão movendo-se para longe ou totalmente abandonando os tradicionais papéis seme/uke. Isso é mais comum em fanfics yaoi para séries de anime ou mangá que estréia personagens que não se encaixam nos papéis de seme e uke. Escrever um papel tradicional de seme ou uke para eles é geralmente visto como "fora do personagem", ou seja, não se encaixariam na visão atual que se têm dos mesmos na história.

Nudez, adoooooooro! (Que tosco XD)



Yaoi vs. Boy's Love

Ao contrário ao que acredita muitos fãs, "yaoi" não é o nome primário desse gênero no Japão. Originalmente muitos desses materiais eram chamados "june", um nome derivado de uma publicação de mesmo nome que publicava romances homossexuais entre homens, histórias escritas que trabalhavam com a beleza usando particularmente linguagem suave e simples com expressões grandiloqüentes. Eventualmente "june" foi trocado por "BL" ou "Boy's Love", o qual permaneceu como o nome mais comum.

Fãs no Japão começam atualmente a escrever "yaoi" como um nome para o gênero Boy's Love, usualmente na forma 801. "801" é derivada das mensagens de texto de telefones celulares, onde a tecla 8 abriga o kana や (ya), 0 abriga o "o," e 1 abriga "i.". Por exemplo, em um mangá da internet chamado Tonari no 801-chan (となりの801ちゃん), é abordada a história de um garoto que quer namorar uma garota que é fã do gênero BL.

Opa! Invasão...



Yaoi vs. Shōnen-ai
Yaoi e shōnen-ai são termos que são às vezes usados por fãs ocidentais para descrever o conteúdo de um título dentro de um género. Aqui yaoi é usado para descrever títulos que contêm cenas de sexo e outros temas sexualmente explícitos. Em contrapartida, shōnen-ai é usado para descrever títulos que focam mais no romance e não inclui conteúdo sexual explícito. Essa definição de yaoi às vezes conflita com o uso da palavra para descrever o género como um todo e é um objecto frequente de debates. Há também uma segunda definição, comummente usada por escritores de fanfics, que aplica yaoi para histórias com romance sem presença de conteúdo sexual explícito, e lemon para histórias com conteúdo sexualmente explícito.

S.2



Enquanto shōnen-ai literalmente significa "amor entre garotos" (Boy's Love), os dois termos não são sinónimos. No Japão, shōnen-ai é usado para se referir a um agora obsoleto subgénero do shoujo que conta histórias de garotos pré-adolescentes que pendem do platônico para o romântico. O termo era originalmente e é atualmente usado para descrever pedofilia. Boy's Love, por outro lado, é usado como um nome do género e se refere à todos os títulos com presença de conteúdo sexual ou a idade dos personagens na história.

Amor sem preconceito!



Dōjinshis

Dōjinshis costumam estrear pares homens homossexuais de obras não românticas de mangá e anime. Muito desse material deriva de obras shōnens e seinen direcionadas para o público masculino, que são persuadidas pelos fãs para implicar atração homossexual. Apesar disso, fãs podem criar pares masculinos homossexuais de qualquer obra publicada de mangá e anime. Pares "quebrados" e crossovers às vezes estream pares românticos impossíveis ou improváveis.

Apesar de focados em dōjinshis baseados em mangás em particular, qualquer personagem masculino pode se tornar o assunto de um dōjinshi yaoi, como personagens que não fazem partes de títulos de séries de mangás, como Harry Potter e Piratas do Caribe. Séries de video games também costumam ser um alvo, incluindo séries como Kingdom Hearts e Final Fantasy

Queimar é com elas mesmo!



Loli-con

Lolicon (em japonês: ロリコン, Lolicon?), lolikon ou loli-con é uma abreviatura de lolita complex, ou seja, complexo de lolita em inglês. A palavra é usada no Japão para pedofilia ou efebofilia. Fora do Japão, geralmente é usada quando se refere a animes ou mangás que retratam meninas menores de idade (de 5 a 17 anos) em situações sexuais ou de nudez.

As leis japonesas consideram que mangás e animes sobre lolicon não são ilegais desde que crianças de verdade não sejam empregadas na sua produção, permitindo o surgimento de um grande mercado para esse tipo de produto. Também existem na sociedade japonesa outras formas de exploração infantil que seriam ilegais no Ocidente, como o enjo kosai, e de certa forma boa parte do mercado japonês de pornografia explora o gosto pela juventude. As leis mexicanas também permitem o lolicon.

Entretanto, a subcultura lolicon já foi acusada de encorajar a prostituição infantil. Defensores do lolicon dizem que ele não afeta negativamente as crianças e até desestimula pedófilos a procurar crianças reais.

X!!! (Ecchi com Yuri)



Relação Lesbiana (Yuri)

Este tema pode parecer polêmico aqui no Brasil, e recentemente tivemos mostra disso com a atenção em torno da novela "Mulheres Apaixonadas" e "Senhora do Destino". Entretanto, no Japão "as meninas que amam meninas" são muito freqüentes tanto nos animes quanto nos mangás. Assim como fiz com o yaoi e o shonen-ai, é preciso falar um pouco de como essa questão tem aparecido nos shoujo mangá.

Já que o negócio é dupla de lésbicas... Aí está!



Os termos "yuri" e shoujo-ai", associados a um dos inúmeros subgêneros do shoujo, estão cada vez mais presentes na net e na boca dos fãs de anime e mangá. Ambos se referem aos romances entre mulheres. Algumas pessoas, como eu mesma, tendem a associar "yuri" a histórias que tenham no sexo o seu foco principal e "shoujo-ai" (shoujo=menina/moça, ai=amor) ao romance, que pode ou não ter implicações sexuais.

Outro FLAGRA! Duas Yuri em um lugar apertadinho... Isso é o de menos né?



A fronteira entre os dois termos Shoujo-ai e Yuri, entretanto, é bem fluída, assim como acontece com os termos "yaoi" e "shonen-ai". Obviamente as relações entre mulheres estão presentes tanto no material shoujo quanto no shonen e, por isso, muitas pessoas não fazem distinção entre yuri e hentai, chamando de yuri qualquer material que apresente sexo entre mulheres. Eu, entretanto, não chamo de yuri o material hentai que é feito para o público masculino e que se utilize de relacionamentos lesbianos.

Ecchi Kid!!!



Etimologia: Loli-con!!!

A palavra é soletrada lolicon, e não lolicom, devido à fonologia da língua japonesa. Outra forma de se escrever é rorikon. No Japão, a palavra pode se aplicar a pornografia infantil ou a pedófilos, enquanto no Ocidente seu significado é menos amplo.

Aproveitando esta bela imagem, valia a pena comentar!

Guerreira da Espada de Chama Dourada (Cadê a espada?) Ecchiii



Ecchi e Yuri para mim, são coisas distintas, mesmo sendo ambos pornografia, e a produção hentai - doujinshis Inclusos - não me interessa nesse texto. O que importa aqui é o material produzido por mulheres e para mulheres, e não os fetiches masculinos em relação às relações lesbianas. Se alguém quiser visualizar como isso se materializa de forma mais light, basta pegar qualquer volume de Love Hina.

A imagem Ecchi acima, retrata uma personagem guerreira de anime, em trages normais de seu mundo, o que pode ser um escandalo no nosso, é bem normal no mundo deles!

Aiiiiiiin... Eu quero pra mim...!!!



"Yuri" em japonês quer dizer lírio e passou a estar associado ao lesbianismo, juntamente ou não com a nudez (o tão falado Ecchi, como mostra a imagem). Não concordo com algumas coisas que já li a respeito como, por exemplo, que esse tipo de flor esteja sempre presente quando existe o romance, ou sugestão de romance, entre mulheres. Tenho mangás onde o lírio nem é representado. Assim, fui buscar informações em outras fontes. De acordo com um dos melhores sites sobre a questão, o Yuricon, o termo está associado ao mundo das lesbianas, reais ou imaginárias, faz muito tempo, mas ficou consagrado quando um redator de uma revista gay dos anos 70 denominou as lesbianas japonesas de "yurizoku" (tribo do lírio), enquanto "barazoku" (tribo da rosa) estaria associado ao mundo homossexual masculino.

Angels



Indo para o assunto Yaoi, dōjinshis, muitos deles são criados por amadores que costumam trabalhar em "círculos"; por exemplo, o grupo CLAMP começou como um círculo amador de dōjinshi. Porém, alguns artistas profissionais, como Kazumi Kodaka e Maki Murakami, também criam dōjinshis.

Alguns autores criam subuniversos separados nas suas histórias e dōjinshis. Em alguns casos, esses subuniversos, chamados "AUs" ou "Alternate Universes", ganham suas próprias versões de fãs que podem ser mais populares que as séries originais.

lol




Fazia tempo que eu queria colocar uma seção falando sobre esse tipo de anime e mangá que parece atrair cada vez mais atenção dos fãs Ocidente: as histórias produzidas por mulheres e para mulheres centradas em romances homossexuais. Se você não se interessa pelo assunto, pode se dirigir à outra seção do site. Não pense entretanto que terá que fazer isso por causa de algum conteúdo "proibido para menores" porque o que vai encontrar aqui é somente a minha reflexão sobre o assunto.

Antes de mais nada, é preciso marcar que os mangás shoujo centrados em relacionamentos homossexuais precedem a cunhagem do termo YA-O-I. Esse termo aliás surgiu não no universo mainstream mas no mundo alternativo das feiras de doujinshis e é uma sigla para YAma-nashi, Ochi-nashi, Imi-nashi que quer dizer "sem climax, sem objetivo, sem significado". As histórias yaoi portanto, surgiram primeiro, no meado dos anos 80, em forma de paródia feita por mulheres fãs de mangás em cima de personagens famosas de animes e mangás tipo Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco. Sabe aqueles garotos hiper-machos que passavam volumes e mais volumes de mangá (ou capítulos e mais capítulos de anime)correndo atrás de seus arquinimigos, sem dar bola nenhuma para aquela menina capaz de fazer tudo por ele e sempre disposto a se sacrificar pelos seus amigos (homens)? Pois é, eram exatamente esses os sujeitos os mais propensos a estrelar os primeiros quadrinhos Yaoi. Mas por que falei primeiros? Exatamente porque o Yaoi invadiu o quadrinho mainstream e hoje temos um número grande de revistas, tanto para adolescentes quanto para mulheres adultas, com histórias Yaoi. Mesmo revistas tradicionais como a Margaret publicam vez por outra mangás Yaoi como foi o caso do pioneiro Zetsuai Bronze 1989

Inu + Sesshoumaru = Amor eterno! S2



Os quadrinhos com temática homossexual no entanto são anteriores ao Yaoi e é preciso explicar isso.

Ainda na década de 70, momento de grande criatividade e efervescência dentro do shoujo mangá, surgem as primeiras histórias com temática homossexual ou que insinuavam esse tipo de relação. Essas histórias eram originais e se passavam geralmente, como a maioria dos shoujos da época aliás, fora do Japão, muitas vezes em colégios internos europeus do século XIX. Escritas e desenhadas por autoras do quilate de Hagio Moto e Takemiya Keiko, essas histórias, que eram centradas menos no sexo e muito mais no relacionamento entre as personagens, alcançaram grande popularidade.

Eu imagino o que é estar com um desses debaixo dos lençóis...


Tooma no Shinzou (O Coração de Thomas) e Kaze to Ki no Uta (A Canção do Vento e das Árvores) são os melhores exemplos dessa primeira incursão, a inspiração para o futuro nascimento do gênero "Yaoi" dos Animes.

Percebendo o filão a ser explorado, surgiu em 1978 a revista bimestral June especializada em mangás com histórias sérias e dramáticas, centradas na temática do amor homossexual. Sucesso até hoje, a June firmou o estilo, gerou filhotes (outras revistas, romances) e se mantém forte até hoje. Mas vejam bem, essa revista não se tornou uma espécie de gueto para as histórias shonen-ai, simplesmente passou a ser a vanguarda de um estilo que se fazia e se faz presente em várias publicações, mesmo aquelas que trabalham com temáticas variadas.

Meigoooh' *.*



Podemos estabelecer sem medo de errar que esse tipo de história agradas às japonesas e tem inclusive gerado a representação (cada vez mais disseminada na cultura pop nipônica) de que o homem ideal para toda a mulher seria o homossexual. No entanto, essas histórias não agradam ao público homossexual japonês que não se reconhece dentro dos romances idealizados produzidos por mulheres.

Kiss! Kiss!! Kiss!!!



Alguns especialistas em shoujo mangá como o antropólogo Matt Thorn buscam algumas explicações (porque não existe somente uma) para o sucesso dessas histórias entre as japonesas. A primeira seria a de que os romances shonen-ai representam um relacionamento mais equitativo entre homens e mulheres, pois sendo ambas as personagens masculinas gozariam de total liberdade para se expressar, o que em uma sociedade como a japonesa nem sempre é possível, principalmente para as mulheres. Logo, esses mangás seriam representações dissimuladas de relacionamentos heterossexuais. Outra explicação é a de que reforçariam uma idealização de romances com características não-agressivas e de subordinação das mulheres, sendo encaradas positivamente por meninas que buscam aprender sobre os relacionamentos amorosos sem se sentirem invadidas e oprimidas pelo poder masculino ameaçador e muitas vezes violento(situações de estupro ou quase estupro mesmo entre os pares heterossexuais mais cândidos de mangá não são raros).

O amor está no ar...



Existe também, é claro, a influência do padrão de beleza japonês que valoriza o que é delicado e pequeno, e é aplicado indistintamente à homens e mulheres. Bem, não existe consenso sobre o porquê do sucesso das histórias com temática homossexual mas o fato é que o publico feminino japonês não para de demandar mais e mais material para alimentar o arquivo das suas representações e práticas cotidianas. Esse gosto é tão pronunciado que cada vez mais se alimenta e é alimentado pelos animes e mangás mainstream, sendo talvez os exemplos mais conhecidos entre nós, os das obras das meninas da CLAMP que sempre colocam situações, relacionamentos (reais ou sugeridos) e personagens que sugiram um ar shonen-ai. Vide o exemplo de Lantis e Águia em Rayearth ou de Yukito e Tooya em Card Captor Sakura.

1, 2, 3, BRONZEANDO!!!



O termo Yuri só serve para dar nome a uma prática social bem compreensível. Afinal, em uma sociedade como a japonesa onde durante muito tempo os papéis masculino e feminino foram rigidamente estabelecidos, e muitas vezes mesmo o mundo de homens e mulheres pouco se tocava, surgiu uma cultura tipicamente feminina. Esta mesma que possibilitou a criação de todo um mercado de quadrinhos dominados por mulheres e voltados para um público de meninas, moças e mulheres.

Somado a isso temos a ausência da condenação religiosa, que no Ocidente está associada ao Cristianismo e suas mais variadas igrejas. Nesse contexto as amizades entre mulheres - assim como as entre homens - dêem uma olhada no excelente filme Gohatto/Taboo para terem uma idéia - de caráter sexual ou não, eram, e ainda são, muito comuns.

Sakura-chan, uma flor de menina!



A grande pioneira na representação desses relacionamentos, antes do bom do mangá, foi Yoshiya Nobuko (1896-1973), autora das chamadas "Hana Monogatari" (Lendas das Flores), seus contos e romances geralmente mostravam meninas adolescentes, estudando em colégio internos femininos, seus relacionamentos afetivos (afetivo aqui não significa obrigatoriamente sexual), e como estas meninas se tornavam (eram construídas como) mulheres.

Como eu já sinalizei anteriormente, os relacionamentos entre meninas nos mangás estão presentes desde pelo menos os anos 70. Mesmo que timidamente, autoras como Ryoko Ikeda ajudaram a construir esse universo. Marcante, sem dúvida, foi a Rosa de Versalhes, e mesmo que no mangá a heroína fosse absolutamente heterossexual, sua proximidade com outras mulheres era muito grande e o amor que as moças devotavam a Oscar, em especial Charlotte e Rosalie, era mais do que evidente.

Essas recém-casadas deram um novo significado a "Protetor Solar"



Em seu grande clássico Ikeda não desenvolveu a questão, cortando qualquer possibilidade de relacionamento homossexual. Já em uma obra posterior, Oniisama E, não acontece o mesmo e a autora questiona novamente os papéis de gênero e retrata com muita ternura o romance entre duas adolescentes em uma escola feminina de elite.

Mas Ikeda também escreveu uma das primeiras histórias adultas - e trágicas - sobre a questão. No seu mangá intitulado Claudine, Ikeda mostra o drama de uma mulher que, por ser lésbica, não consegue se enquadrar e termina se suicidando. Interessante é que apesar de nos mangás esses relacionamentos ficarem explícitos, nos animes shoujo - geralmente dirigidos por homens - eles são esvaziados de seu sentido original, caso da Rosa de Versalhes, ou mesmo transformados em tragédia, coisa passageira, ou coisa de menina, como em Oniisama E. Em contrapartida, quando é o erotismo voyeur que está em jogo a questão é amplamente contemplada, seja em hentais como o clássico Amy, my Baby, ou em animes mainstream como Love Hina e El Hazard.

Assunto do dia: Praia



Se o pioneirismo coube aos anos 70, outras obras levaram a questão adiante de forma mais decidida e aberta como em Paros no Ken - que não foi transformado em anime - e Sailor Moon, ou menos explícita como nos mangás de Shoujo Kakumei Utena e Sakura Card Captors. De forma explícita, ou não, apresentado como uma amizade mais intensa ou envolvendo sexo, visto como rito de passagem, tendo final feliz ou trágico, os relacionamentos entre mulheres estão sempre presentes dentro do shoujo mangá. Agora, quando o assunto é anime shoujo a coisa vem sempre um pouco velada ou não vem, já que boa parte dos mangás com essa temática não são animados. Claro que não existe regra nesse sentido e os anos 90 tiveram como mostra o Shoujo Kakumei Utena, principalmente o movie, e Sailor Moon.

Eu não gosto de praia, mas pelo visto elas sim!



Entre as fãs de shoujo, tenho percebido uma explícita anime de preferência pelo yaoi. Em alguns casos, a resistência ao yuri/shoujo-ai é imediata e não raramente a gente ouve um "Não curto essas coisas entre mulheres, não.". Nota-se que para muitas fãs, existe a idéia de que o yaoi não ameaça a imagem de ninguém, enquanto o yuri e o shoujo-ai soam quase como uma declaração de orientação sexual. Afinal, não dá para desmentir o fato de que nos mangás e animes está realmente ocorrendo um romance lesbiano. Já no yaoi, alguns autores argumentam, o que estaria sendo representado, pelo menos nos quadrinhos mainstream, seria um relacionamento heterossexual idealizado.

Eu já andei em uma dessas! (Yuri)



Muitas fãs, muito mais por desconhecimento do que má vontade, também só conseguem identificar a produção yuri com o hentai, já que esse material se encontra com muita facilidade na net. Um fenômeno associado a isso tudo é a apropriação das personagens de shoujo mangá (Utena-Anthy, Haruka-Michiro, Tomouyo-Sakura) por fãs homens que produzem material hentai muitas vezes carregado de violência e situações humilhantes.

E como a oferta de material mais picante é limitada, muitas fãs de yuri e shoujo-ai acabam tendo como referência materiais shonen, como o mangá Hen, ou mesmo hentai. Tudo isso, eu diria, é influenciado pelo preconceito arraigado na nossa sociedade, que até já consegue "suportar" a homossexualidade masculina mas vê a homossexualidade feminina com olhos muito pouco gentis, já que essa põe em risco o predomínio masculino por eliminar a sua presença.

Kid Ecchi



Sinal de mudança dos tempos, pelo menos no Japão, foi o lançamento da revista Yuri Shimai em agosto de 2003, com uma defasagem de mais de 20 anos em relação à primeira revista shonen-ai - a June!!! Essa revista traz somente histórias com temática levemente yuri (estou pensando em sexo explícito aqui) e shoujo-ai voltada para adolescentes e que trazia séries longas, one shots, e light novels, isto é, capítulos de livros ou contos. A Yuri Shimai saia trimestralmente e durou muito pouco, sendo extinta em fevereiro de 2005, contando somente com cinco números. Só que o espaço não ficou vago e as mangá-kas desempregadas, pois uma nova revista, a Yuri Hime foi criada. Seu primeiro número saiu em julho de 2005 e vocês podem visitar a página oficial da revista.

A Imagem mostrada no momento é um Lolicon, mas que eu lembre essa personagem fica com sua melhor amiga, não deixa de ser um assunto Yuri, a ser tratado...

Oooooooownnnnnnnnn Yukitoooooo *0*



Mas voltemos ao Yaoi, esse como dissemos surgiu como paródia, centrado na sátira à determinado tipo de personagens. Hoje, entretanto, com a entrada no circuito mainstream o Yaoi passa a significar também histórias centradas em relacionamentos homossexuais que tem no sexo explícito o seu ponto forte. Vejam então a diferença entre shonen-ai, que se centra no relacionamento e tem no sexo um detalhe, e o Yaoi que tem no sexo seu ponto forte.

Ai que romântico *--*



Assim, dentro de mangás e doujinshis Yaoi vale tudo: sadomasoquismo, estupro, pedofilia (todas essas temáticas muito exploradas pelo hentai que seria os quadrinhos pornográficos por homens e para homens no Japão) e, também, sentimento. Os fãs de Yaoi são ardorosos e o gênero hoje é cada vez mais difundido contando já com uma série de animes e mesmo jogos para computador.

SPLASH!!!



Aqui no Ocidente (Brasil incluso), conforme a febre dos animes e mangás se transforma em algo não passageiro o número de fãs do gênero cresce cada vez mais. E não adianta reclamar, bastou uma personagem gerar dubiedade (ou não) ela pode se tornar protagonista ou coadjuvante de um fanfic ou fanart Yaoi. Como a onda transcende aos animes não raro filmes de sucesso, como Harry Potter ou O Senhor do Anéis também acabam gerando farto material Yaoi fácil de encontrar na rede.

Amor das trevas!



Só para reforçar o que foi dito, é preciso ter em mente que todo material Yaoi é obrigatoriamente material shonen-ai mas o inverso, não. Eu, particularmente, aprecio o shonen-ai que segue muito mais aquilo que me fascina no shoujo como um todo que é o aprofundamento das personagens e dos relacionamentos.

Lindo de viver!



Me irrita particularmente na maioria do material Yaoi que tenho visto o entrelaçamento da idéia de que sexo e prazer estariam sempre junto com a violência. Essa característica, só vem reforçar uma idéia de pornografia que se acenta em moldes masculinos do que uma reinvenção feminina do que poderiam ser os relacionamentos sexuais.

Coração com coração...



No entanto, me instigam muito as motivações que levam o shonen-ai e o Yaoi a serem um sucesso no Ocidente (assim como no Japão) enquanto muitas fãs (homens que admitem gostar desse tipo de histórias são raros) rejeitam veementemente os animes e mangás com temática shoujo-ai e Yuri como se o homossexualismo (ou a representação do amor heterossexual em um par homossexual) fossem admissíveis mas os relacionamentos entre mulheres (e aí não há como negar o que está explícito) fossem algo espúrio.

Ooownnn que erótico *--*



Yaoi e Shonen-ai: Desmistificando e Discutindo

Não é possível falar de shoujo mangá nos nossos dias sem falar de yaoi e shonen-ai, as histórias que retratam romances entre garotos. Efetivamente, os quadrinhos com temática – ou sugestão – yaoi/shonen-ai representam uma fatia considerável da produção japonesa hoje. Não pensem que essa coluna vai dar uma definição pronta do que seja yaoi ou shonen-ai, pois seria uma grande pretensão tentar dar um único significado a um fenômeno tão rico e com tantas manifestações. Também não vou simplesmente dizer que é tudo kawaii e que todo mundo deveria ser fã desse tipo de material, porque isso seria uma bobagem. Aqui nós vamos discutir a questão e tentar refletir sobre algumas coisinhas que são sempre repetidas por aí.

A primeira coisa a ser desmistificada é a idéia de que o Japão seria a terra da liberdade sexual, enquanto o Ocidente seria o lugar da repressão ou da moderação quando o assunto é sexualidade. Tal idéia é no mínimo imprecisa. Para muitas pessoas, a repressão à sexualidade e a perseguição a todos que recusam a heterossexualidade parece ligada somente ao Cristianismo, como japoneses em sua maioria não são cristãos muitas vezes nós, ocidentais, acreditamos que a coisa por lá seria muito mais fluída. Seja lá, seja aqui, existem papéis sociais, comportamentos permitidos ou não, que nos são impostos e que ajudam a nos construir como nós nos percebemos.

As pequenas Yuri, estão dando um banho nas "grandinhas"



Alguns dos mangás já podem ser conseguidos com o pessoal do #Lililicious que faz um trabalho excelente e também está se dedicando a traduzir mangás clássicos como Oniisama E e Shiroi Heya no Futari, ambos dos anos 70. Eu recomendo que as pessoas vençam o preconceito e dêem uma olhadinha, pois as histórias geralmente são muito sensíveis e bem construídas. Além disso, seguindo os passos de muitos fãs de Xena e Gabrielle - personagens que são muito amadas por muitos fãs de anime e mangá - é cada vez mais comum a produção de fanarts e fanfics com temática yuri ou shoujo-ai. Mesmo que a quantidade ainda seja pequena, é um começo.

Grupinho básica de bonecas "Yuri"



Apesar de um pouco desprezadas e estigmatizadas as situações shoujo-ai/yuri estão presentes em muitas obras, mesmo que para isso os fãs precisem "ler nas entrelinhas". Algumas personagens como Haruka de Sailor Moon e Juri do anime de Utena (no mangá ela não é lesbiana) são muito carismáticas e sempre dominam a cena quando aparecem. Juri, aliás, é uma das minhas personagens de anime favoritas: excelente espadachim, sempre elegante, inteligente e com um drama pessoal que é muito tocante. Fora isso, torna-se comum a produção de animes declaradamente shoujo-ai, caso de Maria-sama ga Miteru e do novíssimo Simoun que sai na revista Yuri Hime.

De Quatro? (4) (66)



Uma das coisas que mais me incomodam no material yuri e shoujo-ai, entretanto, é a presença, em algumas obras, de uma representação muito rígida de papéis com a menina machona/tomboy de cabelo curto, alta, forte e destemida, que fala usando "boku" ao invés de "watashi", que ama a menininha pequena e meiga, no mesmo estilo do que acontece com o uke e seme do yaoi. Engraçado é que nos mangás da década de 70, pelo menos na representação visual das meninas, isso não ocorria, e o anime de Utena acaba herdando um pouco disso. Prevalece ali o modelo da irmã mais velha, "onee-sama", que pode ser visto em Maria-sama Ga Miteru, Em Anatolia Story (Yuuri-Alexandra), em Oniisama E, e tantas outras séries.

Relação lesbiana em grupo, FLAGRA!



Muitas pessoas associam essa caracterização do par lesbiano à influência do Teatro Takarazuka. Criado em 1914, o Takarazuka junta várias influências, como o teatro de revista, musical americano, Kabuki, Nô, teatro, entre outros. Nele as mulheres representam tanto os papéis masculinos quanto femininos e recebem um treinamento muito rígido para incorporarem os maneirismos de gênero, já que as atrizes, ainda na sua formação, são designadas para serem homens ou mulheres e fazem o mesmo tipo de papel durante toda a carreira. Ainda hoje, a idolatria feminina em relação às atrizes do Takarazuka é imensa, principalmente em relação àquelas que fazem os papéis masculinos/otokoyaku. Interessante é que esse tipo de tietagem, que no ocidente soaria como homossexual, acontece também nos mangás e animes shoujo, como em Utena, por exemplo. Mas mesmo essa representação rígida de papéis "femininos" e "masculinos" não constitui uma regra. Agora, uma coisa que me alegra muito é não ter visto (ainda) a representação do sexo ou relacionamento de forma sadomasoquista, com estupros e coisas do gênero, em material yuri/shoujo-ai feito por mulheres e para mulheres.

Pequena criança adorável (Ecchi)


Pois é galera, todo mundo ai sabe o que significa "Ecchi"?



Depois de falar com algumas pessoas sobre esse gênero, e ouvir muitas dizendo coisas do tipo,HÃ? O que é isso?

Então, pude perceber que muita gente ainda não sabe o que é ecchi, ou sabem muito pouco, e na maioria das vezes só assistem Ecchi e nem sabe que está assitindo um anime Ecchi, então resolvi fazer está matéria para deixar tudo mundo sem dúvidas nenhuma, assim espero..rsrsrsrsrs


Uma outra maneira também comum de intitular esse gênero de Anime/Mangá é "Soft Hentai" (como é mais conhecido). A diferença básica entre um Ecchi e um anime de gênero Hentai, é que diferente do Hentai ele não mostrará genitais (não é o caso desta imagem) ou sexo de forma explícita, ele apenas vai induzir a este tipo de pensamento. Muitos Muitos animes e Mangas utilizam-se desse "artifício" em algumas cenas justamente pelo motivo mais óbvio, prender a atenção de quem está assistido ou lendo.^^

Ela é uma Super-Heroína e não sabia (Ecchi)



Quem nunca viu um anime onde aparece umas calçinhas, ou garotas no banho, peitos enormes balançando..?? Isso é Anime Ecchi!!!
Alguns bons exemplos de Anime e Mangás de gênero Ecchi não faltam, alguns são bem "leves" mesmo e outros já são mais ousados, podemos citar aqui como exemplos: Onegai Teacher, Love Hina, Agente Aika, Ikkitousen e por aí vai, acho que já pegaram o espírito.xD

Art's Ecchi


Para quem realmente estiver interessado, um Ecchi que eu recomendo a vocês acompanharem é Ikkitousen, é um Anime Ecchi muito bom, um pouco mais ousado e realmente hilário, com um ótimo desenho, um roteiro interessante e cenas de luta muito bem feitas, vale a pena conferir.


Enquanto não mostrar os orgãos genitais, ou alguma cena de sexo explícito (mesmo que censurados) podemos dizer que é ecchi. Os motivos para sempre haver alguma cena "ecchi" em um anime, é obvio: chamar a atenção dos telespectadores.Laughing